domingo, 24 de outubro de 2010

A rua no Parcão vai sair?






Fotos: dos lugares onde estão previstas a continuação da Florença e da Almiro Lau


A rua no Parcão vai sair?


Sim, se ficarmos de braços cruzados, e não, se exercermos nossa cidadania ambiental.

O Parque Henrique Luis Roessler (Parcão) de Novo Hamburgo/RS é uma Unidade de Conservação Ecológica que tem 54 hectares de mata nativa. Sua estrutura abrange área de lazer, além de espaço para a prática de atividades físicas. Essa é uma descrição técnica do espaço, porém, ele é muito mais do que isto. Para saber mais basta conferir o Blog Amo o Parcão, da professora Adriana Backes Macedo. Vale, e muito, conferir as informações minuciosas que ela disponibiliza oportunizando conhecimento com mais profundidade sobre a importância de preservarmos este espaço.

Pois este precioso espaço natural sofrerá indevidas interferências se depender da administração pública da nossa cidade, que pretende abrir uma rua dentro de desta área de preservação (Parcão), apesar de manifestos da população contrários a esta ideia, mas será mesmo que seremos ouvidos?

E a polêmica vai acelerando os movimentos cardíacos das pessoas que se preocupam com a preservação ambiental do local.

Várias pessoas que tem acompanhado os trâmites comentam que já está tudo decidido, que não tem mais volta, que a rua Florença sai sim, no Parcão. Será mesmo?

Eu, particularmente, prefiro acreditar que estas pessoas estejam equivocadas, se não, com que “cara” nós vamos olhar para nossas crianças para falar que eles precisam ajudar a cuidar do meio ambiente, se as pessoas que nos representam andam na contra mão da Educação Ambiental com tais posturas?

As crianças estudaram a situação, se mobilizaram, viram que abrir uma rua dentro de uma área de preservação é, no mínimo, incoerente, seja qual for o motivo ou justificativa dada como, por exemplo, a de desafogar o trânsito do bairro histórico da cidade (e levar esse trânsito para dentro de uma área de preservação é a solução?).

Cada vez mais penso que se não capacitarmos nossos políticos, nossos “representantes”, sobre as questões ambientais, nós, educadores ambientais, viveremos em permanente contradição.

Precisamos fazer cumprir a Lei Nº 9.795/99 que institui a Educação Ambiental no País, e assim como empresas que cometem crimes ambientais são penalizadas, nossos representantes também deveriam receber punições quando estimulam e elaboram projetos descabidos como este, que fere terras e lutas de anos e anos, quando querem dilacerar uma área preservada que foi criada e conquistada a duras penas.

A solução será ampliar a mobilização e convocar a população a ficar de pé, de mãos dadas, em frente às máquinas, para impedir essa atrocidade, se é que ela vai mesmo acontecer. Temos que ficar atentos e continuar lutando pela preservação do nosso Parcão.



Berenice Gehlen Adams

Pedagoga e Especialista em Educação Ambiental

http://projetoapoema.blogspot.com

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