Mudando de visão
Bere Adams
Eu aprendo, tu aprendes, nós aprendemos e mudamos o mundo. É assim,
aprendendo cada vez mais, que mudamos o ambiente em que vivemos,
transformando pedra, madeira, areia, em objetos; plantas e animais em alimentos,
graças ao fogo e aos processos tecnológicos. É assim, também, que transformamos o
matoemterra árida, os riosemesgotos, o céu azulemcinza, e seguimos modificando
o mundo.
Vivemos, pois, diante do contraditório, onde o que parecia certo, está errado;
o que parecia bom, faz mal à saúde do Planeta; e temos que ter um enorme jogo de
cintura para conseguirmos equilibrar tanta contradição dentro das nossas cabeças.
Concluímos que o nosso sistemade vida estáemcrise global.
A crise ambiental é produto das formas de cultura que criamos ao longo do
processo civilizatório pela desenfreada busca do "desenvolvimento", e é difícil
pensar qual dos problemas ambientais é o mais grave, sendo que um interfere no
outro de forma direta (e indireta).
José Lutzenberger, na obra "Gaia, o Planeta Vivo", aborda a questão da visão
cartesiana do pensamento científico, visão esta que distancia os seres humanos do
ambiente, colocando-nos como meros expectadores de um ambiente onde a vida
que se apresenta neste cenário pode ser totalmente dominada e explorada pelobem
da ciência, da construção do conhecimento, pelo bem do desenvolvimento. Com
esta visão, a humanidade dominou todas as formas de vida, contrapondo a visão
ecológica, holística e sistêmica de que tudo está interligado, que um ser depende do
outro e a que a vida éumainfinita cadeia de relações entre todos os seres.
Para muitos é difícil compreender a necessidade de mudarmos nossa visão,
de cartesiana para sistêmica, mas as condições atuais do Planeta nos indicam que a
mudança é necessária, para que a própria vida sobreviva. É necessário mergulhar no
desconhecido. Esse mergulho éumato que requer coragem porque proporcionaum
confronto com acontecimentos que nos deixaram profundas marcas ao longo da
vida, que nos formaram como somos hoje. Precisamos nos “desformatar”, ou
“atualizar nosso sistema”, e quem sabe será possível esta conjugação: eu aprendo, tu
aprendes, nós aprendemos emudamosa humanidade.
Fonte: Jornal NH 2009
Bere Adams
Eu aprendo, tu aprendes, nós aprendemos e mudamos o mundo. É assim,
aprendendo cada vez mais, que mudamos o ambiente em que vivemos,
transformando pedra, madeira, areia, em objetos; plantas e animais em alimentos,
graças ao fogo e aos processos tecnológicos. É assim, também, que transformamos o
matoemterra árida, os riosemesgotos, o céu azulemcinza, e seguimos modificando
o mundo.
Vivemos, pois, diante do contraditório, onde o que parecia certo, está errado;
o que parecia bom, faz mal à saúde do Planeta; e temos que ter um enorme jogo de
cintura para conseguirmos equilibrar tanta contradição dentro das nossas cabeças.
Concluímos que o nosso sistemade vida estáemcrise global.
A crise ambiental é produto das formas de cultura que criamos ao longo do
processo civilizatório pela desenfreada busca do "desenvolvimento", e é difícil
pensar qual dos problemas ambientais é o mais grave, sendo que um interfere no
outro de forma direta (e indireta).
José Lutzenberger, na obra "Gaia, o Planeta Vivo", aborda a questão da visão
cartesiana do pensamento científico, visão esta que distancia os seres humanos do
ambiente, colocando-nos como meros expectadores de um ambiente onde a vida
que se apresenta neste cenário pode ser totalmente dominada e explorada pelobem
da ciência, da construção do conhecimento, pelo bem do desenvolvimento. Com
esta visão, a humanidade dominou todas as formas de vida, contrapondo a visão
ecológica, holística e sistêmica de que tudo está interligado, que um ser depende do
outro e a que a vida éumainfinita cadeia de relações entre todos os seres.
Para muitos é difícil compreender a necessidade de mudarmos nossa visão,
de cartesiana para sistêmica, mas as condições atuais do Planeta nos indicam que a
mudança é necessária, para que a própria vida sobreviva. É necessário mergulhar no
desconhecido. Esse mergulho éumato que requer coragem porque proporcionaum
confronto com acontecimentos que nos deixaram profundas marcas ao longo da
vida, que nos formaram como somos hoje. Precisamos nos “desformatar”, ou
“atualizar nosso sistema”, e quem sabe será possível esta conjugação: eu aprendo, tu
aprendes, nós aprendemos emudamosa humanidade.
Fonte: Jornal NH 2009
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